O Brasil tem notáveis personalidades reconhecidas em todo o mundo, no entanto as nossas celebridades revelam, além do seu potencial pessoal, um Brasil contraditório. O Brasil de Ruy Barbosa e de tanta ignorância. O Brasil de Niemeyer e das favelas entrincheiradas nas encostas dos morros. O Brasil de Paulo Freire e do semi analfabetismo que grassa no país. O Brasil de Lula e da mortalidade infantil no nordeste. O Brasil de Sérgio Vieira de Melo e dos excluídos. O Brasil de Pelé e dos futebolistas que moram em choupanas. O Brasil de Betinho e dos políticos corruptos. O Brasil de Dilma Rousseff e das mulheres que apanham dentro das suas casas. O Brasil de Chico Mendes e da natureza devastada. O Brasil de Senna e dos desportistas/atletas desprezados. O Brasil de Tiradentes, Castro Alves, Machado de assis, Carmem Miranda, Luiz Gonzaga, Ivo Pitanguy, Gisele Bünchen, Vinicius, Tom , João Gilberto, Caetano, Chico, Gil, Roberto Carlos, Juscelino Kubitschek, Assis Chateaubriand, Silvio Santos, Getúlio Vargas, Marina Silva e de outros milhões de brasileiros que se empenharam com dignidade para esse país ser grande e justo.
Todos estes brasileiros citados nominalmente se sobressaíram com êxito num país de difícil prosperidade, em virtude da realidade oligárquica existente. É natural que uma planta se desenvolva onde tem terreno fértil, propício para o seu crescimento. E o Brasil é essa seara fértil para os trabalhadores, pensadores, sociólogos, educadores, artistas, diplomatas, políticos, que queiram pensar o Brasil com uma visão superior: verdadeiramente livre, igualitário, fraterno e justo.
O Brasil, carente de reformas, conta com o Congresso nacional para retardar as mudanças estruturais fiscais, econômicas e políticas de amplo alcance social. Tiririca deverá fazer na Câmara Federal o papel para o qual foi eleito: vestir-se de palhaço, zombar dos políticos incompetentes ou desonestos e fazer graça. Enquanto o povo, cansado de esperar, se distrai com o pão e o circo sem o progresso real que cochila há décadas nas gavetas das conveniências pessoais.
Alberto Magalhães
Alberto Magalhães
O problema nem são os contrastes, pois estaríamos piores se tivéssemos somente o 'pior'. Só vamos melhorar quando dos manipuladores, demagogos e oligarcas forem colocados de lado.
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