Hoje está fazendo 14 anos que um homem foi abatido a tiros por causa de sua atividade profissional. Porque a sua atuação no seu nobre ofício era séria, honesta e divina: se opunha legalmente ao mal praticado contra os cidadãos em certa localidade. O seu nome: Valdir de Freitas Dantas. Sua profissão: Promotor de Justiça. Seu local de trabalho: Cedro de São João, Sergipe. Herói que venceu as batalhas das barreiras sociais, econômicas, políticas e assumiu um cargo que já foi reservado para os privilegiados socialmente. Mas ele era privilegiado naturalmente: tinha um espírito grande, uma alma boa. A ponto de não acreditar que iria ser alvo de um atentado criminoso, vil, covarde daquela envergadura. Achava talvez que estava lidando apenas com transgressores da lei, não com ímpios assumidos. A autoridade é mandamento de Deus e os que nela atuam devem ser respeitados e preservados do mal que combatem.
Não só o homem Valdir foi atingido nesse vil atentado, mas o valor da ética, da honestidade, da moralidade, da honra, da justiça que ele seguia e que são os fundamentos da lei, alvo de defesa da instituição Ministério Público.
Durma em paz professor Valdir, a sua maior lição não foi na sala de aula, mas na sua vida, que se mesclou com os princípios que você amou e nos ensinou e que na sua morte ficaram gravados em seu nome, eternizado por esse ato hediondo. Sua morte não foi vã, trouxe à tona a visão do perigo da intolerância dos incomuns. O libelo contra eles está nas mãos do altíssimo, o juiz supremo.
19 de março de 2012
Alberto Magalhães
Servidor público estadual e jornalista
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